Em São Paulo em um encontro super descontraído feito pela Megazine, Di Ferrero vocalista do NX Zero e Fiuk vocalista do Hori conversaram e concederam entrevista para o site O Globo, que fez diversas perguntas para ambos.
E nesta mesma entrevista Fiuk revela que mesmo antes da Hori ele já era muito fã do NX Zero e hoje Di Ferrero afirma: " O prêmio revelação é seu..." diz ele se referindo ao PMMB.
Confira essa entrevista entre grandes amigos que falaram sobre rock, internet, fãs, prêmios e muito mais:
O GLOBO: Já que estamos falando de prêmio, o NX Zero já ganhou alguns... Mas algum marcou mais?
DI FERRERO: O de Revelação. A gente subiu no palco sem saber o que dizer. Boto fé que este ano é seu, Fiuk! Vá preparando algo legal para falar.
FIUK:O que dizer quando se ganha o prêmio de Revelação?
DI: Falei palavrão, não agradeci à família, fiquei nervoso. Não dá para pensar.
Fiuk, onde você estava quando o NX Zero estourou?
FIUK: Eu ficava com raiva porque só aparecia banda gringa na TV. Nunca tinha visto moleques como eu. Quando assisti ao clipe de "Apenas um olhar", vi que era possível.
DI: Gastamos só R$ 100 naquele clipe. Pagamos a menina, que faltou a uma prova da facul. Fomos a única banda independente em primeiro no Top10.
O Globo: Como vocês dois se aproximaram?
DI: Ele foi a um show nosso. Começamos a trocar ideia, parecia que já nos conhecíamos.
FIUK: Eu entrei leve, e eles estavam pirados com a confusão do camarim. Foi estranho. Mas, depois de um tempo, num show do Hori em Porto Alegre, chamei Di para cantar e falei: "Vamos quebrar esse gelo".
DI: Depois eu chamei ele para cantar "Espero a minha vez"...
FIUK: Eu me emocionei com aquilo, bicho. Sempre fui muito travado, minha voz não saía, por conta do que eu passei. Eu tinha uns traumas, achava que não conseguiria cantar. Graças ao NX, perdi a travação e superei meus traumas, porque vi os caras com a cara e a coragem. O NX me ensinou muita coisa.
Fiuk, você posaria sem roupa na capa de uma revista de música, como o NX Zero?
FIUK: Com a mão na frente, de boa.
DI: A gente não estava nu... A revista ("Rolling Stone") tem um conceito, e nenhuma banda tinha feito capa no Brasil. O Red Hot fez peladão também na gringa.
FIUK: Aquela capa é animal! Tinha aquela galera que ficava chamando o NX de emo... Quebrou o preconceito.
O Globo: Por que acham que, além de amor, também recebem raiva de algumas pessoas?
FIUK: Nos EUA, o cara bota seu vídeo cantando mal, e a galera incentiva. Aqui, te chamam de trouxa, de animal. Mas todo mundo quer estar no teu lugar. Você está na "Malhação", nêgo vem dizer que você não faz nada direito. Acho que é inveja.
DI: Essa coisa de emo mexeu muito com a gente no começo. O da hora é que parou de me irritar e passou a me dar força.
FIUK: Ninguém sublima isso. Mas, primeiro, não queremos agradar a gregos e troianos. Segundo, não somos melhores ou piores que ninguém. Terceiro, estamos aqui para aprender. Outro dia fiquei tranquilo. Um ser especial escreveu "Bela trajetória ligar pro papai e pedir pra ele colocar na Globo" (Fiuk se refere, provavelmente, ao humorista Felipe Neto, que fez essa "acusação" em um dos seus vídeos). Senti que não precisava explicar nada a ninguém.
O Globo: Ser filho de Fábio Jr. ajuda ou atrapalha? E não ser filho de Fábio Jr., ajuda ou atrapalha?
DI: Na minha opinião, ter um cara em casa que já passou por muitas coisas parecidas ajuda.
FIUK: Tem muita gente que não consegue sair desse lance de ser "filho de". E eu fico feliz porque saí em seis meses. Ele é meu ídolo! Tem 40 anos de carreira, enquanto eu tenho um. Não vejo ônus, vejo bônus.
O Globo: Vocês não fazem a linha roqueiros doidões. Como veem essa diferença das gerações?
DI: Há o preconceito ao contrário. Me perguntam : "Por que vocês não quebram o camarim?". Pô, a tiazinha ficou a tarde toda arrumando...
FIUK: Antes, era bonito descobrir a droga, o rock. Passou. Não estamos aqui para apavorar ninguém.
O Globo: Vocês são da geração de artistas da internet. Ela ajudou muito? Ou tem algum lado ruim?
FIUK: Havia a época em que o acesso ao artista era difícil. Hoje, todos os ídolos têm Twitter. Mas 70% não sabem usar.
DI: Falar que não é legal é cuspir no prato em que comemos. Mas o lance do glamour não tem mais, antes o artista tinha privacidade. Não tem mais banda como antigamente. Tem é muita banda com espaço.
O Globo: Como é a relação de vocês com as fãs?
DI: É um excesso de carinho que, às vezes, até ultrapassa. A gente descia do palco e ficava falando com as pessoas. No primeiro show em que tivemos que entrar com segurança, fiquei muito assustado.
FIUK: Eu cresci com isso. Em todo show do meu pai, vinha gente tirar foto comigo. "Se não tem o pai, vai o filho". Hoje, eu não consigo andar em lugar nenhum. Cinema, shopping, balada, restaurante... Mas eu gosto.
O Globo: Em ano de eleição, quais são as expectativas?
FIUK: Vote Hori e NX Zero no Prêmio Multishow. Política aqui, música ali!
DI: Você não gosta de política? Gosto de falar às pessoas para escolher bem em quem votar.
FIUK: (Olhando para a câmera da fotógrafa, aponta o dedo) Vote consciente!
O Globo: Como é fazer televisão, Fiuk? Di, você tem algum projeto na área?
DI: Uma vez atuei num clipe. Agora estou trabalhando no projeto de uma webnovela.
FIUK: Eu estou curtindo. Quem sabe faço uma novela?! Eu decoro 40 páginas de texto e erro letra de música em show.
DI: Mas tem gente que usa teleprompter. Fui ao show do Capital Inicial e achei engraçado a letra cheia de "nananana"!
FIUK: Meu pai canta "Alma gêmea" há 40 anos e ainda lê. Pai, te amo, mas é verdade!
- Créditos: O Globo
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